segunda-feira, 21 de maio de 2012

Crônicas da Calçada Alves

O bêbado de velório

Velórios são sempre ocasiões tristes e constrangedoras, nunca ouvi falar que um velório tenha sido uma festa (com exceção do velório do Michael Jackson, é claro!). Porém, não sei se você já teve a oportunidade de perceber, uma figura muito trivial em velórios é o velho "bebum" (pessoa embreagada: bêbado).

Então, foi numa noite de domingo, mais precisamente 20 de maio de 2012, quando estavamos reunidos na calçada por ocasião do início das férias do nosso Pastor (Ademir), com sua esposa (Paula) e filha (Larinha cabelo de pipoca), saboreando as deliciosas pizzas do Fino Sabor, regadas ao que de melhor já fabricou a Coca-Cola, quando todos já haviam se fartado, que sinto aquele ser estranho me observando por detrás de mim, parado, imóvel, mas nem tanto... Era um bêbado.

Eu fiquei meio desorientado, não entendia o que tinha levado tal personagem à nossa pequena reunião, sendo que só tinha crentes alí, mas... Então, começamos um diálogo, no qual ele me passou sua ficha criminal completa. Enquanto os irmãos ali presentes continuavam seus assuntos pitorescos, do outro lado, eu tentava descascar aquele abacaxi, ou melhor, aquela cana.

Lá pelas tantas, uma revelação! O rapaz, que beirava o coma alcoólico, me confidencia que achava se tratar de um velório, pois, "muita gente na calçada depois das 23 horas, uma extensão de luz, o povo conversando bastante, pensei, só pode ser velório e aqui eu me encaixo", disse ele.

Eu não aguentei... Apesar de chateado com a incômoda presença daquele cidadão, abri uma gaitada, que não dava pra ter a dimensão da quantidade de decibéis que foram emitidos por minhas pregas vocais e nem o alargamento da minha boca naquele instante.

Apesar do ocorrido ser algo realmente chato, de repente você surpreendido em uma situação dessas, o rapaz não perturbou a ordem do local, pelo que apenas pediu algo para comer. Como as pizzas, já se encontravam em estado de digestão, teve de se contentar com um copo de refrigerante.

Nisto, fiquei muito pensativo. Vi que ele poderia ser um dos nossos ali, comemorando a maior dádiva de Deus que é viver e a segunda, que é ter amigos a quem amar. Vi também que poderia ser o contrário, que qualquer um de nós poderia estar no lugar dele. Então glorifiquei à Deus, por ter tido misericórdia de nossas vidas, que muitas vezes nós achamos difícil, complicada, mas que é uma bênção na presença d'Ele.

Difícil ou fácil, temos uma escolha. E é esta escolha de determina o que somos e seremos. O nosso fardo pode ser pesado, mas nas mãos de Deus ele é bem leve.

Que Deus continue te abençoando!
Um grande abraço e até o próximo post.

2 comentários:

Eduardo R. Schmitz disse...

Esta não é a primeira "Calçada Alves". Minha banda também tem este nome. No caso, por causa da calçada da rua Ataulfo Alves.

Estamos de olho...
Hahaha
Abraço

Francisco Alves disse...

Mas esta é a calçada da residência do Alves, onde nos reunimos sempre para bater papo, tomar um café, por isso calçada Alves.

LEI – EEEP FRANCISCA MAURA MARTINS*

Os Laboratórios de Línguas e Informática da EEEP Francisca Maura Martins são duas salas de aula devidamente equipadas com recursos que ...