Você já parou a imaginar o quanto
pode ser complicado realizar uma tarefa simples como comprar uma sopa? Bom, já
deve estar se perguntando o que me levou a versar sobre este assunto. No fim deste
texto você compreenderá!
Outro dia, quando saia rumo a
casa de minha noiva, lembrei-me de fazer-lhe um mimo e liguei para ela,
perguntando se queria comer alguma coisa. Pediu-me, ela, que comprasse uma
“canja” da Padaria União. Uma tarefa bastante simples de ser cumprida. Bem, pelo
menos era o que eu pensava.
Chegando ao comércio, frustrou-me
a revelação de que não tinha o meu pedido. O atendente, observando a decepção
em meu semblante, recomenda-me a sopa do estabelecimento ao lado. Menos mal,
pensei eu. Pelo menos não chegaria na casa de meu amor de mãos abanando. Vamos
de sopa, então.
Comecei, novamente, a me
empolgar, enquanto me dirigia ao outro estabelecimento:
– Três sopas para viagem, por
favor!
– Pois, não! Um minutinho. Respondeu
o atendente.
Sentei-me em uma das mesas e pus-me
a conversar com uma amiga... Quando dei por mim, já haviam passado quinze
minutos, cadê a sopa? Chamo o rapaz que confirma a liberação do pedido. Mais
cinco minutos, sai o cozinheiro com duas quentinhas...
– O meu pedido está perto,
colega?
– Aqui, o seu pedido!!!
– Na quentinha? (Risos)
– Estou de moto, não vai dar
certo. A embalagem é muito frágil.
– É a que temos!
Pensei rapidamente: volto a
padaria e compro só os recipientes.
O problema é que o pessoal da
padaria não tinha autorização para fornecer as tais embalagens vazias. Aqui,
minha frustração já estava se transformando em impaciência, e esta, em
aborrecimento. Recomendaram-me falar com o gerente, que se encontrava em outro
cômodo do estabelecimento comercial e não aparecia para resolver meu problema.
Enquanto isso, as quentinhas de sopa esfriavam no balcão do Bistrô.
Desesperado, liguei para um dos
donos (que é meu amigo), explicando a situação. Então, consegui os copos e,
vamos a sopa! Passada mais uma semana (sendo irônico, foram só mais cinco
minutos), conseguem acondicionar o alimento da minha noiva. Pude, finalmente,
seguir viagem rumo ao desejo do meu coração. Nada pior poderia ter acontecido,
não fosse um inseto fedorento ter pousado em meus lábios durante o trajeto.
Por fim, fui obrigado a consumir
duas das três porções da iguaria, já que minha amada enjoou a sopa, provando
apenas duas ou três colheres, sem citar novamente que ela queria canja, como
mencionado no segundo parágrafo desta postagem.
Você já deve ter ouvido falar na
Lei de Murphy, que diz: “se houver alguma probabilidade de algo dar
errado, vai dar errado”. Ao postular isso, Murphy queria dizer que qualquer
possibilidade de um plano não dar certo teria de ser completamente eliminada.
Portanto, diante da negativa da
canja, devia eu ter buscado uma alternativa mais prática e acessível (as opções
eram diversas), em vez de persistir no intento original, que demonstrou-se
bastante problemático.
Até a próxima!
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